
Enquanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) privatizava a construção e gestão de 16 escolas paulistas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a Polícia Militar, sob seu comando, avançava contra estudantes e professores do lado de fora com bombas de gás e balas de borracha.
O leilão aconteceu no início da tarde desta segunda-feira (4), tendo como vencedor o Consórcio SP + Escolas, com um lance de R$ 11,5 milhões (valor que o estado deverá pagar por mês pela construção, manutenção e gestão das escolas por 25 anos). O primeiro lote (Oeste) de 17 escolas foi leiloado na semana passada. Os efeitos do leilão chegaram a ficar suspensos por um dia pela justiça.
Do lado de fora, a Polícia Militar reprimiu um ato organizado pela Apeoesp (Sindicato dos Professores). Em vídeo postado nas redes pelo deputado estadual Simão Pedro (PT) é possível ver a tropa de choque avançando sobre os manifestantes. Ao final do vídeo há um barulho de explosão com fumaça vindos de uma bomba de efeito moral. Aos gritos, os manifestantes chamam de “covardia” a ação da PM.
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) também postou o momento em que policiais avançam sobre os manifestantes:
Em outro vídeo, um policial empurra a deputada Professora Bebel (PT), e só para quando ela se identifica:
A deputada escreveu em suas redes:
“O governo Tarcísio e Feder (secretário de Educação) […] mandou a Polícia Militar cercar o prédio da Bovespa e as imediações, para tentar impedir manifestações. Não conseguiu e quem estava ali protestando contra essa negociata e desmonte da educação pública estadual foi vítima das agressões policiais, com bombas, cassetetes e escudos. Eu própria, deputada estadual, fui vítima desta truculência, quando policiais tentaram impedir minha passagem com empurrões.”