
Diante do risco de aumento de casos de dengue em 2025, o Ministério da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergência (COE) e lançou um plano nacional de contingência. Com novas tecnologias e investimentos de R$ 1,5 bilhão, a pasta busca conter a proliferação do Aedes aegypti e minimizar os impactos da doença, especialmente nos estados mais afetados, como São Paulo.
São Paulo chegou à marca de 56 municípios em estado de emergência devido à dengue, de acordo com o painel da Secretaria Estadual da Saúde. O estado lidera em número de casos prováveis no painel do Ministério da Saúde, com 109.846, de um total de 186 mil no país inteiro. É quase o dobro em relação ao mesmo período do ano passado, quando São Paulo registrou 59.456 casos prováveis de dengue. Já foram confirmadas 33 mortes somente neste ano e 156 estão em investigação no estado.
A persistência do fenômeno El Niño é um fator preocupante, pois mantém condições climáticas favoráveis à reprodução do mosquito transmissor.
O Ministério da Saúde ativou o COE para dengue e outras arboviroses. O centro terá a função de coordenar ações preventivas, fortalecer a resposta do sistema de saúde e reduzir os impactos da doença. A iniciativa conta com a colaboração de estados, municípios e instituições de pesquisa para garantir maior efetividade nas medidas adotadas.
Tecnologia- Para reforçar a luta contra o mosquito transmissor, o Ministério da Saúde está ampliando o uso de tecnologias inovadoras, incluindo a expansão do método Wolbachia, que será implementado em 40 cidades até o final do ano; introdução de insetos estéreis em comunidades indígenas; aplicação de borrifação residual intradomiciliar em locais de grande circulação; instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) na primeira fase do projeto e o uso do Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitoramento e controle do vetor.