
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou duramente a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em relação à recente taxação de 50% imposta pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, a setores específicos da economia brasileira.
Em entrevista ao Canal do Barão de Itararé, em parceria com veículos de mídia progressista, retransmitida pelo canal do Radar Democrático, o ministro condenou a postura de Tarcísio de Freitas. “O governador errou muito, porque ou bem uma pessoa é candidata a presidente, ou é candidato a vassalo e não há espaço no Brasil para vassalagem desde 1822, isso acabou”, criticou Haddad.
Nesta quinta-feira-feira, após Trump informar o presidente Lula por carta que irá taxar produtos industrializados brasileiros, Tarcísio, governador do estado mais industrializado do país, preferiu atacar o presidente brasileiro em defesa do norte-americano.

“Ajoelhar diante de uma agressão unilateral, sem nenhum fundamento econômico, sem nenhum fundamento político”, continuou o ministro, enfatizando a necessidade de superar o incidente e preservar as relações entre os povos brasileiro e americano.
Haddad questionou a racionalidade econômica da medida americana e acusou a família Bolsonaro de orquestrar um ataque ao Brasil. “Não há racionalidade econômica para o que foi feito”, afirmou o ministro, acrescentando que o déficit comercial brasileiro com os EUA nos últimos 15 anos ultrapassa US$ 400 bilhões. “A única explicação plausível para o que foi feito é porque a família Bolsonaro urdiu esse ataque ao Brasil”, declarou Haddad. “O próprio Eduardo Bolsonaro disse a público que se não vier o perdão, as coisas tendem a piorar”, acusou Haddad.
O ministro também fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de conspirar contra os interesses nacionais. “um brasileiro, que presidiu o país, está conspirando contra os interesses nacionais em proveito próprio”, declarou Haddad. “em nome da família Bolsonaro conspirando contra o Brasil e ameaçando o Brasil, dizendo que se não houver anistia, a situação tende a piorar”, completou.
O ministro ainda reforçou a posição do Brasil em relação à política externa e econômica. “O Brasil tem tamanho para não pensar em se alinhar a um bloco econômico”, declarou, defendendo o multilateralismo. “Nós não mudamos a atitude em relação ao governo dos Estados Unidos, respeitando a escolha do povo americano e dizendo, continuamos abertos a parcerias”, afirmou.