Início Notícias Greve na saúde de SP: sem respostas do governo, servidores paralisam por...

Greve na saúde de SP: sem respostas do governo, servidores paralisam por 48h a partir de quarta-feira

Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação
Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação

Os servidores estaduais da saúde de São Paulo farão uma greve de 48 horas a partir de quarta-feira, 1º de outubro, em protesto contra o descumprimento de acordos salariais e de benefícios por parte do governo do Estado.

A decisão de cruzar os braços surge após o governo do Estado de São Paulo, sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não honrar compromissos assumidos em julho. Naquela ocasião, um estado de greve foi suspenso sob a promessa de efetivação dos pagamentos. As reivindicações incluem o pagamento da Bonificação por Resultados, que deveria ter sido efetuada em 5 de setembro, e o reajuste do vale-refeição, no valor de R$ 12,00, previsto para 17 de setembro.

Governo não cumpre acordo com trabalhadores da saúde

Gervásio Foganholi: Sindicato cumpriu acordo, mas governo do estado não. Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação
Gervásio Foganholi: sindicato cumpriu acordo, mas governo do estado não. Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação

Em uma reunião realizada em 17 de julho, representantes do SindSaúde-SP dialogaram com secretários estaduais do governo de São Paulo, incluindo Arthur Lima, Secretário da Casa Civil, Fraide Sales, secretário-executivo da Casa Civil, e Eva Lorena, sub-secretária da Secretaria de Gestão e Governo Digital, além de membros da Secretaria Estadual da Saúde.

Na ocasião, foi formalizado um acordo para atender às demandas dos servidores. O presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, destacou que o sindicato cumpriu sua parte ao suspender a greve, mas os termos acordados não foram efetivados, tornando a nova paralisação inevitável.

No dia 24 de setembro, o Conselho Ampliado de Delegados Sindicais de Base do SindSaúde-SP se reuniu para formalizar a decisão de greve. Antes disso, os servidores realizaram uma passeata do Hospital do Servidor Público Estadual até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Apoio parlamentar

Servidores conversam com deputado Marcolino na Alesp. Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação
Servidores conversam com deputado Marcolino na Alesp. Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação

O Deputado Estadual Luiz Claudio Marcolino, do PT manifestou seu apoio à greve e responsabilizou diretamente o Governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, pelo impasse. “O governo chamou o sindicato que estava em estado de greve. Propôs o prazo de 60 dias para atender as reivindicações e sabemos que há condições de cumprir o acordo que foi feito com o sindicato, em julho. O governador Tarcísio de Freitas poderia ter honrado o seu compromisso”, afirmou Marcolino, criticando a falta de cumprimento.

Durante a manifestação, ecoou o coro “Saúde na rua, Tarcísio a culpa é sua” e os servidores também satirizaram o valor do vale-refeição, chamando-o de “vale-coxinha”.

Ato em frente à Alesp. Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação
Ato em frente à Alesp. Foto: assessoria do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino / divulgação

A crítica se estendeu à percepção de que o Governador Tarcísio de Freitas estaria priorizando outras agendas, como a articulação para a anistia de golpistas em Brasília, em detrimento das demandas dos trabalhadores da saúde.

Além da Bonificação por Resultados e do vale-refeição, a categoria também aguarda o pagamento do prêmio incentivo, previsto para dezembro. O receio é que, sem o cumprimento dos acordos anteriores, este último benefício também seja negligenciado pelo governo estadual.

NENHUM COMENTÁRIO

FAÇA UM COMENTÁRIO

Por favor, escreva seu comentário!
Por favor, escreva seu nome