
Entidades do movimento negro e de direitos humanos convocam manifestações em diversas cidades do país para esta sexta-feira (31), em protesto contra a operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortos, considerada a mais letal da história do Brasil. A ação, que ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão, desencadeou uma onda de indignação e pedidos de justiça. Entre as entidades organizadoras estão Coalizão Negra por Direitos, Unegro, Movimento Negro Unificado (MNU), Uneafro e Marcha das Mulheres Negras. As informações são da Folha de S.Paulo e do Brasil de Fato.
Protesto em São Paulo e outras cidades
Em São Paulo, o ato está marcado para as 18h no vão livre do MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand). A manifestação, denominada “Chamada geral contra a morte”, tem como objetivo principal pedir a prisão do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de toda a cúpula da Polícia Militar fluminense. Os organizadores classificam a operação como um exemplo de “necropolítica dirigida para uma parte da população, a preta e periférica”, conforme afirmou o professor Ailton Santos, da Frente Periférica por Direitos.
Além de São Paulo, estão programados atos em diversas outras capitais e cidades do país, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Florianópolis, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Natal, Vitória e Belém, entre outras.
Repercussão e investigação
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, classificou a ação da polícia no Rio como “uma tragédia, um horror inominável”. Ela anunciou que o governo federal vai encomendar uma perícia independente nos corpos das vítimas. A operação policial já é considerada a maior chacina da história do país, superando o Massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos em 1992.
Lista de cidades com atos confirmados
Confira a lista completa de cidades que confirmaram atos contra a operação no Rio de Janeiro:
* Campinas (SP) – Praça da Catedral – 18h
* Santos (SP) – Estação Cidadania, Avenida Ana Costa 340 – 18h
* Rio de Janeiro (RJ) – Campo do Ordem Penha – estrada José Rucas, 1202 – 13h
* São Paulo (SP) – Masp – 18h
* Brasília (DF) – Museu da República – 18h
* Florianópolis (SC) – Em frente ao TICEN – 17h30
* Salvador (BA) – Praça da Piedade – 16h
* Fortaleza (CE) – praça da Gentilândia – 17h
* Recife (PE) – Palácio do Campo das Princesas – 16h
* Porto Alegre (RS) – Esquina Democrática – 17h
* Belo Horizonte (MG) – Praça 7 – 17h
* Natal (RN) – Shopping Midway – 17h
* Vitória (ES) – Pracinha de Itararé – 17h
* Belém (PA) – Uepa CCSE (Telégrafo) – 17h30
* São Luís (MA) – Praça Deodoro – 16h
* Aracaju (SE) – Praça Franklin Roosevelt no Bairro América – 17h
* Feira de Santana (BA) – em frente à Prefeitura – 17h30
* Nova Iguaçu (RJ) – Praça dos direitos Humanos – 17h
* Juiz de Fora (MG) – rua Halfeld, em frente ao BB – 17h30
* Joinville (SC) – praça Nereu Ramos – 18h
Os atos representam um esforço coordenado de diversos movimentos sociais para denunciar a violência policial e o racismo estrutural, buscando justiça para as vítimas e responsabilização dos agentes públicos envolvidos.

