Doações de campanha, privatizações e investimentos milionários reacendem dúvidas sobre a relação do governo Tarcísio com o Banco Master.
As supostas ligações do Banco Master, e de seu então proprietário Daniel Vorcaro — preso pela Polícia Federal na semana passada — com o governador Tarcísio de Freitas, conforme denunciado pela imprensa, demandam uma investigação urgente e rigorosa pelas autoridades competentes. A afirmação é da deputada estadual Beth Sahão (PT).
Um dos pontos que devem ser esclarecidos são os R$ 2 milhões destinados ao financiamento da campanha de Tarcísio, oriundos do cunhado do dono do Banco Master, Fabiano Zettel.
De acordo com o que foi noticiado, Zettel foi o principal doador pessoa física da campanha de Tarcísio ao governo paulista. “No mínimo, uma grande coincidência de fatos, mas que o governador precisa explicar de forma clara e objetiva”, afirma a parlamentar.
Beth lembra que outro ponto a ser apurado envolve a privatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). Vendida no segundo ano da gestão Tarcísio, a companhia foi arrematada pelo Fundo Phoenix FIP por R$ 1,04 bilhão. Já privatizada, a Emae aplicou R$ 160 milhões em CDBs do Letsbank, instituição ligada ao conglomerado do Master.
“São denúncias muito sérias e espero que sejam objeto de uma investigação abrangente, para que os eventuais responsáveis respondam pelas práticas que se comprovarem ilícitas”, conclui a deputada.
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