
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pode ser presa na Itália. O governo italiano aprovou o pedido de extradição da parlamentar, que está foragida da Justiça brasileira, informou a TVTNews. Zambelli foi incluída na lista de Difusão Vermelha da Interpol e teve seu salário e verbas de gabinete bloqueados por ordem do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A polícia italiana está investigando o paradeiro de Zambelli para efetuar a prisão. O embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, revelou à GloboNews que o pedido de extradição chegou à embaixada. A deputada pode ser presa em qualquer local na Itália, exceto em residências ou hotéis, de acordo com a legislação italiana. O acordo de extradição entre Brasil e Itália prevê a devolução do cidadão solicitado pela Justiça caso a pena seja superior a nove meses, requisito cumprido no caso de Zambelli.
O bloqueio do salário e verbas de gabinete de Zambelli, que ultrapassam R$ 40 mil mensais, atende a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF) após a deputada divulgar seu paradeiro. Zambelli viajou para os Estados Unidos e depois para a Itália após ser condenada a 10 anos de prisão, cassação do mandato e multa de R$ 2 milhões por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.

A decisão sobre a cassação do mandato de Zambelli, inicialmente confirmada pelo presidente da Câmara, será submetida ao plenário. Motta afirmou que o plenário do Parlamento tem a legitimidade para decidir sobre a perda do mandato da deputada. “A decisão pode ser cumprida pela Mesa [Diretora] ou pelo Plenário. E é o Plenário que tem a legitimidade desta Casa e ele decide para onde a Casa vai. Ele é soberano e está acima de cada um de nós”, declarou Motta.