No dia 27 de junho, sexta-feira, entidades jornalísticas se reunirão para marcar os 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog pelo regime militar em 25 de outubro de 1975. O ato também celebrará o aniversário de 88 anos de Herzog e relembrará o manifesto “Em Nome da Verdade”, publicado em 3 de fevereiro de 1976 no jornal O Estado de S. Paulo, assinado por mais de mil jornalistas e que denunciava o crime contra Herzog.
O manifesto questionava a versão oficial da Justiça Militar sobre a morte do jornalista nas dependências do DOI-CODI em São Paulo. A manifestação se somou a outras ações, como a reunião de jornalistas no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, dois dias após a morte de Herzog, e o culto ecumênico realizado na Catedral da Sé em 31 de outubro de 1975.
Cinco décadas depois, a luta por justiça continua, com a exigência de investigação e responsabilização dos autores do assassinato de Herzog e das violências praticadas pela ditadura. O evento visa não apenas relembrar a resistência do passado, mas também refletir sobre a defesa do jornalismo no presente, em um contexto de ameaças ao autoritarismo e obscurantismo.
Ato em memória de Vladimir Herzog
O ato “Em Nome da Verdade: 50 Anos por Vlado” ocorrerá no Auditório Vladimir Herzog, no Sindicato dos Jornalistas, em São Paulo, no dia 27 de junho, às 19 horas. O evento é convocado por entidades como a ABI, Abraji, Fenaj, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres Sem Fronteiras e o próprio Sindicato dos Jornalistas. Signatários do manifesto original são convidados a compartilhar suas memórias, e a participação de jornalistas em atividade é incentivada para debater a importância da liberdade de imprensa.
A organização reforça a importância do jornalismo, especialmente em tempos de ameaças ao autoritarismo, e conclama por justiça para Vlado e todos os jornalistas vítimas da ditadura.