
Por Radar Democrático
A chegada do Papai Noel promovida pela Prefeitura de Campinas, na noite desta sexta-feira, 29, no Largo do Rosário, terminou em indignação de parte do público. Mesmo com a Lei Municipal 15.367/2017, que proíbe a soltura, queima e manuseio de fogos de artifício com estampido em toda a cidade — tanto em áreas abertas quanto fechadas — a festividade organizada pelo Executivo utilizou fogos barulhentos durante a apresentação.
O objetivo da lei, proposta pelo, à época, vereador Paulo Búfalo, é claro: proteger pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), idosos, animais e qualquer pessoa sensível ao barulho intenso. Ainda assim, fogos com explosões foram disparados no momento em que o Papai Noel chegou ao palco montado pela prefeitura. A cena provocou susto e desespero em parte do público. Crianças choraram, algumas famílias se afastaram às pressas.
Secretários municipais estavam presentes no evento, que integra a programação oficial de Natal. O episódio gerou surpresa porque, desde 2017, o município reforça campanhas para estimular o uso exclusivo de fogos silenciosos, inclusive em comemorações públicas.
Moradores que acompanhavam a atividade relataram que o barulho foi forte e repentino, incompatível com os cuidados previstos na legislação. Para muitas famílias de crianças autistas, essa é uma pauta sensível e amplamente divulgada na cidade — o que torna o descumprimento ainda mais grave.
Até o momento, a Prefeitura não se manifestou sobre o uso de fogos proibidos no evento que ela própria organizou.
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