
Este mês pode ser o pior janeiro dos últimos três anos em número de casos de dengue no estado de São Paulo. Segundo o
casos prováveis de dengue no estado. No ano passado, quando São Paulo passou por forte epidemia da doença, foram considerados 29.268 casos prováveis no mesmo período. O aumento é de 120%. Em 2023, no mesmo período, os casos prováveis ficaram em torno de 15 mil segundo o Ministério da Saúde.Em função do prenúncio de uma epidemia ainda mais severa que em 2024, o governo do estado antecipou a liberação de R$ 228 milhões aos municípios para o enfrentamento à doença. Eram recursos que já estavam previstos para serem enviados às prefeituras, mas apenas no decorrer do ano.
O
informa 10 mortes confirmadas no estado neste ano por dengue e outros 83 óbitos são investigados. Nesta quinta-feira (23), 35 municípios de São Paulo estão em estado de emergência por conta da dengue.O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reuniu com prefeitos e secretários de municipais de saúde nesta quinta-feira no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para anunciar a criação do Centro de Operações de Emergências (COE) de combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e Zika. “O primeiro desafio do ano de 2025 é o enfrentamento à dengue. Só teremos sucesso se fizermos juntos o que tem que ser feito. Temos em desenvolvimento a vacina do Butantan, que está indo muito bem, mas só teremos escala em 2026”, afirmou o governador.
O COE é formado pelas secretarias estaduais da Saúde, Casa Civil, Casa Militar/Defesa Civil, Comunicação, Segurança Pública, Educação, Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística e de Desenvolvimento Social. Também foram convidados a compor o COE o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do estado e o Exército (único órgão federal chamado pelo governo do estado).
O sorotipo 3 da dengue estava com baixa predominância desde 2016, e foi reintroduzido no Estado de São Paulo em 2023, sendo identificado pelo monitoramento das unidades sentinelas para arboviroses. As autoridades reforçam a importância dos cuidados no combate ao mosquito transmissor, destacando que, devido a não circulação prolongada desse sorotipo por um período, grande parte da população encontra-se vulnerável à infecção.