
O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) está no centro de mais uma polêmica após vender parte de uma fazenda do estado de São Paulo, utilizada para pesquisa científica, à empresa SFA Agro Empreendimentos e Participações. Segundo The Intercept Brasil, a transação, que envolveu Paulo Skaf, ex-presidente da Fiesp e colega de partido de Tarcísio, ocorreu por um valor considerado abaixo do mercado, levantando questionamentos sobre a legalidade e a transparência do processo.
A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) contesta o valor da venda, estimando que a área, com 350 hectares em Pindamonhangaba, valeria entre R$ 35 milhões e R$ 45,5 milhões. O governo, no entanto, vendeu a propriedade por R$ 17,1 milhões. A APqC também alega que o governo Tarcísio descumpriu a Constituição Estadual e a lei 9475/96 ao não realizar uma audiência pública com a comunidade científica.
A falta de transparência na venda mobilizou a Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba e deputados estaduais, que solicitaram informações ao governo Tarcísio e à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento justificou a venda como parte de “uma política pelo Governo do Estado de São Paulo para alienação de imóveis que estão sendo subutilizados, para otimização dos recursos públicos, em prol da sociedade”.
Além dessa venda, o governo Tarcísio planeja vender outros 27 imóveis, a maioria de unidades de pesquisa agrícola, totalizando mais de 1.300 hectares em 23 municípios. Há também relatos de facilitação na legalização da grilagem de terras públicas, com vendas de fazendas em terras devolutas com descontos de até 90% para os atuais ocupantes irregulares.
A venda da fazenda e as políticas de alienação de terras do governo Tarcísio levantam sérias preocupações sobre o futuro da pesquisa científica e o uso de terras públicas no estado de São Paulo.
* Conteúdo produzido com auxílio de inteligência artificial.