
Sexta-feira (24) de caos em São Paulo. Desta vez os alagamentos provocados pela chuva intensa não perdoaram nem estações do metrô. Mais de 120 mil pessoas ficaram sem luz e a cidade ultrapassou a marca de 1 mil quilômetros de congestionamentos. Não há registros de mortes
Nas redes sociais, cresceram as cobranças ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pelo negacionismo e pela falta de investimento em políticas públicas voltadas para os efeitos danosos das mudanças climáticas.
Em três horas choveu 122 milímetros, volume que equivale à metade do esperado para o mês todo de janeiro, segundo o tenente Maxwell de Souza, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, ao UOL News.
A cidade ficou em estado de atenção das 15h27 às 17h35 com 33 pontos de alagamento. Nas redes sociais circularam imagens de ruas alagadas, carros sendo arrastados e uma estação do metrô que foi invadida pelas águas. Os usuários tiveram que se sentar e segurar no corrimão para não serem arrastados pelo rio que se formou dentro da estação Jardim São Paulo/Ayrton Senna. As escadarias se transformaram em cachoeiras.
A Enel informou que 126.567 imóveis ficaram sem energia na capital; na área de concessão no estado o número chegou a 160 mil. Segundo a CET, foram registrados 1.025 quilômetros de congestionamento até as 17h46.
O trecho entre as estações Jd São Paulo e Tucuruvi da Linha 1 do Metrô foi fechado até o final da noite para manutenção. O metrô disponibilizou o sistema Paese, de ônibus gratuitos para atender a população.
Na linha 10 a operação foi interrompida entre as estações Brás e Tamanduateí.
Também há operações interrompidas na Linha 12-Safira entre as estações Brás e Tatuapé e entre Engenheiro Goulart e São Miguel Paulista.
O serviço do Expresso Aeroporto (Linha 13 Jade) foi interrompido.
Linha 7 Rubi e Linha 11 Coral operam com velocidade reduzida nos trechos afetados.